Linhas Cruzadas

Estes últimos tempos tem dado para atualizar filmes e séries e a Netflix não tem desiludido. Esta minisérie (4 episódios) é simplesmente brilhante. Fala de uma realidade que eu pouco sabia (e continuo a saber muito pouco), a comunidade ortodoxa, e de todas as privações e limitações a que os seus membros se vêm obrigados, sobretudo as mulheres. Conta a história de uma mulher que ousa querer algo diferente para a sua vida do que aquilo que os outros escolheram para ela. Não vou contar mais porque tudo o que eu possa dizer vai ser sempre muito redutor em relação à série. Vejam e depois digam-me a vossa avaliação (de certeza que vão ver os 4 episódios seguidos).

Para quem for de soltar uma lagrimazinha nos filmes mais tristes que prepare a caixa de lenços porque este filme apela a isso. Mas apela de uma forma tão bem feita que torna o filme genial. Triste em muitas partes, feliz em outras, tal como na vida real, prende qualquer um ao ecrã nas cerca de 2 horas que o filme dura. Está disponível na Netflix e eu só posso recomendar que o vejam. Depois disso falamos. E para quem desconhecia o cinema turco ou achava que ficava muito aquém do que se faz em Hollywood, que veja este filme...

O que é que por aqui se tem feito quando não se está em teletrabalho? Arruma-se, organiza-se armários, cozinha-se, dormem-se sestas e vêem-se séries e filmes. Este fim de semana vi estes três filmes (ou melhor, vi dois porque um não consegui acabar de ver...). Entretanto, vou partilhando o que for vendo (e que vale a pena). O primeiro filme é baseado numa história verídica e está disponível na Netflix. Conta a história de uma sequência de corpos de mulheres, prostitutas, que foram encontradas, por acaso, após se começar a investigar o desaparecimento de uma jovem, também ela prostituta e com doença mental. O segundo filme retrata a luta de uma pessoa com esclerose e da amizade improvável que se cria com a empregada que contratou para sua cuidadora. Apanhei este filme a dar na televisão (mas já não me recordo em que canal). Este terceiro eu não consegui acabar de ver porque as imagens são muito fortes (e em alguns momentos são de dar a volta ao estômago. Ou então eu é qu...

Deixo-vos uma sugestão de um filme bem interessante para animar um serão chuvoso  - Knives Out . Um suicídio que se tona um homicídio, uma família maluca que só pensa em dinheiro, uma enfermeira e um detetive. O filme faz-me tanto lembrar o jogo de tabuleiro Cluedo, em que vamos tentando descobrir pistas e descobrir quem é o assassino! É bom para entreter.

Nunca pensei rir a ver um filme sobre a II Guerra Mundial, mas o que é certo é que ri bastante a ver este filme. Basta ler a sinopse para ficar com muita curiosidade mas o filme supera a sinopse. Um puto que tem como amigo imaginário o Hitler é por si só uma boa premissa para começar um filme. Nunca ninguém se tinha lembrado desta perspectiva. É que na guerra, as crianças também são crianças e também têm amigos imaginários, e também têm necessidade de brincar e também têm melhores amigos. Ou pelo menos deveriam ter tudo isto. Nomeado para os Óscares como melhor filme (e mais outras tantas nomeações) concorre com outros nomes de peso nesta categoria (e sinceramente ainda estou muito dividida sobre qual o filme que deveria levar a estatueta nessa categoria). Mas o que é certo é que este filme ganhou um cantinho especial no meu coração de pessoa apaixonada pelo cinema.

Mais um filme para riscar da lista dos filmes a ver até aos Óscares 2020. Em relação à história, não é um filme que considere que vá ficar na história do cinema. É uma história simples sobre uma figura que teve um papel ativo na 1ª guerra mundial. Em relação às filmagens, ai sim o filme é brutal. Tem partes do filme em que fiquei a suster a respiração durante alguns segundos numa espécie de agonia para ver o que acontecia. E só por isso acho que o filme vale a pena e que o Sam Mendes está de parabéns.

Os nomeados já estão aí há algum tempo e eu, como sempre, tento estar em cima do acontecimento. Gosto de falar com conhecimento de causa e depois da entrega da estatueta gosto de comparar a minha avaliação com a da academia (que nem sempre coincide). Olhando para a lista de filmes que têm alguma nomeação nas principais categorias (melhor filme, melhor ator/atriz principal e secundário e melhor realização), ainda tenho muito filme para ver para estar minimamente atualizada. Os filmes que já vi resumem-se a estes: Entretanto, já comecei a ver The Irishman mas acabei por adormecer. Não estou a dizer que o filme seja mau ou que dê sono (do pouco que vi até gostei). Eu é que basta sentar-me no sofá e pôr a mantinha por cima das pernas e em poucos minutos faleci para a vida (#PessoaIdosa).

As férias, por este lado, serviram também para pôr os filmes em dia. Desde rever clássicos (o ET continua a ser um filme mágico), a ver filmes atuais, houve de tudo um pouco. Biografias, filmes de fantasia, comédias, romances, dramas... um pouco de tudo, sem pensar muito, sem estar presa às reviews ou às classificações do IMDB. Alguns foram boas surpresas, outros foram só mais um.

Se vos chegar a preguiça e não quiserem sair de casa no fim-de-semana (o que eu acho um desperdício com este bom tempo, mas cada um sabe de si), podem ocupar o vosso fim-de-semana com estes dois excelentes documentários.  O "Leaving Neverland" fala sobre toda a história de acusações de abuso sexual de menores que recaem sobre o Michael Jackson. Um documentário com uma linguagem dura, descritiva e impressionante. Eu que lido diariamente com este tipo de assuntos, fiquei presa ao documentário. O difícil é, no fim de todo o documentário (está dividido em 2 partes) conseguir separar o artista da pessoa. O Free Solo é absolutamente genial. Dei por mim em algumas partes a ter de desviar a cara e a ficar com as mãos ligeiramente transpiradas em algumas partes. Isto porquê? Porque conta a história de um escalador "free solo" (sem cordas) que se prepara para escalar a montanha mais desafiante (e difícil) da sua carreira - 975 metros de escalada, sem qualquer...

Nomeado para melhor filme, melhor realizador, melhor atriz principal, melhor atriz secundária, melhor argumento original, melhor fotografia e mais outras nomeações nas partes mais técnicas da coisa. Tantas nomeações. E eu ainda estou a digerir o filme para perceber se foi genial ou uma perda de tempo. Tirando ali duas ou três cenas mais agitadas e emotivas, é um filme, no mínimo, peculiar... Para quem quiser ver, o filme está disponível na Netflix.

Este filme era obrigatório. Para quem gosta de Queen não há desculpa para não ir ver. E que venha a crítica dizer que há muitas imprecisões, que o filme não retrata devidamente a vida promiscua do grande Freddie, que se baralharam nas datas, que deixou de lado músicas mais importantes, bla bla bla. Se não fosse por mais, este filme vale só pela excelente banda sonora. Mas também vale pela excelente interpretação de Rami Malek que interpretou na perfeição todos os tiques e maneirismos do Freddie. Quem gostar de Queen recomendo. Quem não gostar (primeiro não percebo como é que há alguém que não goste de Queen) que vá rapidamente ouvir a discografia toooda e depois vão ver o filme! E já agora os muitos documentários que já se fizeram sobre esta banda tão icónica.

Ou eu sou muito limitada a perceber a grandiosidade deste filme ou então a pontuação e críticas em vários sítios diferentes é enganadora! Digo-vos com a maior sinceridade que estou um bocado intrigada com a nota do filme (no IMDB tem 7.5). E olhem que não sou a única. Não vi o filme sozinha e a incredulidade quanto à nota é partilhada. Se calhar estamos a precisar de férias e de despejar a mente para perceber este drama/thriller, mas sinceramente não é filme que me vá lembrar daqui a uns tempos. Já alguém viu este filme? Ou ouviu falar? O que acharam? Deixo-vos o trailer, pode ser que tenham curiosidade em ver o filme e que, na loucura, o achem espetacular|.

Quando este filme saiu nas salas de cinema fiquei com curiosidade de ver, primeiro porque a crítica falava muito bem do filme, segundo porque a Charlize Theron costuma quase sempre fazer grandes papelões. E desta vez não foi excepção! A começar pela mudança física que fez para este papel ("Monstro" continua a estar no top das melhores transformações de sempre, mas isso será difícil de destronar, por isso vamos esquecer essa e focar-nos nesta), continuando pela qualidade da interpretação e finalizando com a dureza e frontalidade da história. Basicamente retrata a história de uma mãe que tem um terceiro filho e que vai acumulando o cansaço de ter três crianças pequenas, que exigem muito e com feitios muito diferentes (tendo uma delas necessidades educativas especiais). Retrata também a forma como a sociedade, muitas vezes de forma implícita, exige que as mães sejam mães perfeitas e que consigam dar conta do recado sozinhas. Se estiverem à procura de...

Já ouviram falar em perturbação obsessiva compulsiva (POC em português, TOC em espanhol, uma vez que lá usam o termo transtorno e não perturbação)? Se não, e querem ter uma ideia genérica do que é, vejam este filme. Se já ouviram falar e querem olhar para esta patologia com uma visão mais  cómica e não tanto pelo lado limitativo da doença mental, vejam esta comédia espanhola. Vi ontem à noite e ri-me muito. Óbvio que a parte de "intervenção" que é retratada no filme não é bem assim, com essa ligeireza, mas análises científicas à parte, dá para rir um bocado.

Filme disponível no Netflix Vou deixar de ver filmes em que os cães são os principais protagonistas.  Chegar ao fim do filme com um nó na garganta e a lagrimita a querer dar o ar da sua graça não está com nada!

O chamado "filme pipoca", simplesmente para entreter.  E está-se logo a ver que se tem o Owen Wilson no elenco é porque é uma comédia. Muito resumidamente, este filme trata da história dos irmãos Peter e Kyle Reynolds na procura do seu pai, depois de anos e anos a achar que o pai tinha falecido quando eles eram muito pequenos. Depois dessa descoberta vão os dois numa procura (atribulada!) do pai e, pelo caminho, descobrem que a mãe era uma "ganda" maluca e que só queria ramboia.  Se este fim-de-semana não tiverem mais nada para fazer, não estiverem colados a ver La Casa de Papel (como 90% das pessoas que conheço. Infelizmente eu já acabei e estou agora em versão "órfã de séries") ou entretidos com qualquer outro afazer, porque não dar uma oportunidade a este filme!

O primeiro um drama/romance, o segundo um filme de mistério/thriller. Ambos nomeados para as categorias de melhor filme, melhor ator e melhor realizador. Ainda me faltam ver dois dos nove filmes nomeados para os Óscares, por isso ainda não posso fazer as minhas apostas, se bem que já tenho um como preferido (3 cartazes à beira da estrada). Vamos lá ver se este ano as minhas apostas são tão certeiras como o ano passado.

Ainda só vi quatro dos filmes que estão nomeados aos Óscares mas digo-vos que ponho as minhas mãos no fogo por este. Que brutalidade de história. Que soco no estômago. A história da luta de uma mãe enquanto está a fazer o luto da sua filha que morreu violada e queimada. Uma mãe que se lembra de colocar três cartazes na estrada a questionar as autoridades do porquê de ainda não ter sido encontrado o culpado da morte da sua filha. Se estiverem na dúvida a escolher o próximo filme a ver, optem por este e depois digam-me de vossa justiça. Deixo-vos o trailer para vos aguçar o apetite.

Óscares à porta e eu gosto de estar a par dos filmes que estão nomeados nas principais categorias. Todos os anos por esta altura estou eu em versão devoradora de filmes. Dos que estão nomeados para melhor filme, para além deste já vi Lady Bird e Dunkirk. Quanto a este filme, a interpretação da Sally Hawkins é muito boa (dai estar nomeada para melhor actriz), mas a história é um bocado estranha. Está bem que eu não sou pessoa muito dada a filmes de fantasia, e isso, por si só, já deturpa a minha opinião, mas esta história é um pouco... estranha! Não quer dizer que não tenha gostado, mas também não posso dizer que entrou para o leque dos meus filmes preferidos. Para quem quiser saber mais,  aqui  fica o trailer do filme. Quiçá vocês o achem para lá de espectacular e eu é que sou uma insensível e limitada ao nível da sétima arte.

Para fugir um pouco aos filmes ditos "comerciais", optei por este filme tailandês, para ocupar uma manhã em que a pestana abriu duas horas antes do despertador tocar. Comecei sem qualquer expectativa a ver o filme e mais com aquela ideia de "é só para ocupar o tempo até serem horas de me levantar" e acabei por gostar bastante do filme. Quando fui, por curiosidade, ver a classificação no IMDB percebi que não fui só eu a gostar do filme (7.8 em 10 é muito bom!). Baseado em factos verídicos, conta a história de uma jovem sobredotada que, em conjunto com outros colegas e sobretudo com o seu rival, monta um esquema para copiar nos testes e nos exames de acesso à universidade, ao ponto de ganhar uma pipa de massa com esse esquema. Para quem quiser saber mais pode ver  aqui .