Linhas Cruzadas

Benny & Tyrion Um pouco de humor para aligeirar esta sexta-feira cinzenta lá fora e de incerteza dentro de cada um.

Hoje o meu Benny faz 3 anos. São 3 anos de uma companhia que não tem explicação. São 3 anos de uma lealdade que só quem tem cães compreende. São 3 anos em que aprendemos muito um com o outro e em que ele fez parte integrante do meu dia-a-dia. Ele acompanha-me nas idas às esplanadas em dias de sol, nos almoços de família ao fim-de-semana, nas viagens de carro para visitar os avós e a bisavó (e quando eu chego à minha avó e lhe digo "está aqui o seu bisnetinho para lhe fazer uma visita" ela esboça logo um sorriso. Porque o Benny também faz parte da vida dela), acompanha-me nas idas à praia, nas idas ao centro da cidade quando é só para passear, nas caminhadas e até já me acompanhou numa ida à manicure (e portou-se minimamente bem). Já foi comigo passar 15 dias de férias (e ficou em depressão quando as férias acabaram e voltou à sua rotina). Em casa anda sempre atrás de mim para todo o lado: mete-se no meio das minhas pernas quando estou a cozinhar, acompanha-me nas se

Por aqui há... o cão mais novo!  Desde que viemos de férias, no passado domingo, que está de uma apatia de dar tristeza. Não brinca, não corre, não quer a nossa companhia, refugia-se nos sítios mais isolados da casa (de preferência onde não esteja ninguém), deita-se por longos períodos à beira da porta de saída, não quer brincar com os brinquedos (nem com a bola preferida), é um castigo pôr-lo a beber água, vai para a box dele, que está na garagem, mesmo quando não tem de o fazer (a box é só para quando ficam sozinhos em casa), até já nem acha muita piada a apanhar moscas, nem a deitar-se no sofá, nem a ir para a varanda ladrar a quem passa... Eu compreendo, foram 17 dias de vida boa (ainda mais do que habitualmente): de banhos e corridas no mar, de rebolar na areia, de passeios longos, de muitas pessoas a dar-lhe atenção o dia todo, de liberdade plena, de correr sem trela na praia, de banhos na piscina (comprada propositadamente para os cães), de saltar para a cama dos donos d

Foto retirada da Internet Esta foto foi encontrada numa das minhas deambulações pela Internet mas podia muito bem ser uma foto tirada cá em casa. Por mais que tente que os meus cães não subam para o sofá, o sofá é todo deles. Mais de 3 metros de sofá e na maioria das vezes estou entalada a um canto porque os lordes precisam de espaço para se esparramarem. E precisam das almofadas para encostar a cabeça. Fotos retiradas cá em casa E o pior não é isso... O pior é o pêlo que largam! Já esteve mais longe a ideia de os envolver em plástico-bolha e deixar-lhes só a cabeça e o rabo de fora...

Ontem o Benny deu-me com a cabeça dele no meu nariz com tamanha força que ainda contínuo a ver estrelas. E eu que tenho sempre tanto cuidado com o nariz ou os dentes quando me aproximo dos meus cães... Mas ontem apanhou-me desprevenida, apanhou-me a ver o Benfica para se deitar no meu colo só que, de repente, ouviu um barulho qualquer que só ele é que o ouviu (às vezes questiono se ele não terá "esquizofrenia canina") e levanta-se num rompante esbarrando diretamente com o crânio dele contra o meu nariz. O meu nariz que ainda não está a 100% depois  dest e episódio lamentável ficou novamente um caco. Vai-se a ver e tenho qualquer coisa partida e nem sei.

Ontem fui almoçar a casa da minha avó. Depois do almoço, à conversa sobre os meus cães, ela fez-me algumas perguntas sobre eles, se eles se entendiam bem os dois juntos, uma vez que não estão juntos desde sempre e eu comecei a mostrar-lhe algumas fotos e vídeos. Depois de lhe mostrar uma dessas fotos, seguiu-se o seguinte diálogo: Ela: Quem é aquele pessoa que está com o Tyrion (cão castanho)? Eu: Pessoa! Que pessoa? Ela: Aquela que está ali de pé... És tu? Eis a foto...  Sim, a minha avó confundiu-me com o meu cão! Em defesa da minha avó (e em defesa da minha auto-estima), a minha avó estava sem óculos. Ela vê mal ao perto...

O meu cão deve ter um chip qualquer que o transforma num ser extremamente controlador sempre que eu uso alguma peça de roupa ou calçado novo. Basta eu estar a usar algo pela primeira vez que ele vem logo farejar-me de forma audível e vigorosa e pelo meio ainda manda umas lambidelas. Ele detecta qualquer coisa: até umas simples meias novas ele detecta, nada lhe escapa! Ele dá conta que eu estou a usar algo novo mesmo antes de qualquer outra pessoa se aperceber disso. Ainda bem que cá por casa "compras" é um assunto pacífico e nunca tive de esconder nada daquilo que compro (como em alguns casais que eu conheço, que as mulheres têm de esconder o que compram ou porque são compulsivas a comprar coisas ou porque os maridos são controladores) se não era logo denunciada pelo meu cão. 

Após uns primeiros dias atribulados de convivência conturbada, ultimamente andam assim. Sempre juntinhos, onde vai um vai o outro também, sempre com esta cara de melados cutchi-cucchi que apetece esfrangalhar de beijos e apertões. Se ter cães fosse só este lado cor-de-rosa, eu enchia a casa de cães. Depois lembro-me de todo o pêlo que tenho de limpar quase todos os dias, dos pingos de bába pelo chão da cozinha e da sala, dos passeios em dias frios porque os cães têm de ir à rua, no dinheiro gasto no veterinário, na ração e nos treinos e depois penso "hmmm... 2 é um número bonito, é melhor ficar por aqui".

E numa altura em que todas as crianças estão de férias, eu fui inscrever o meu "menino" na escolinha. Fomos fazer a avaliação para saber o que nos espera pela frente e definir o plano de treino. Basicamente serão 20 semanas de muito treino para ele mas sobretudo para mim e depois, será introduzido o futuro "irmão" (Tyrion) para que possam socializar pacificamente e para não nos destruírem a casa nova quando em outubro mudarmos de morada, que é como quem diz, depois do casamento e da lua-de-mel (que ainda não sabemos muito bem para onde será, mas há-de ser para algum sítio). E quando me perguntam qual tem sido a minha maior preocupação nisto de preparar o casamento e tratar da nova casa, eu respondo "os cães"! Pensar na hipótese de eles não se virem a entender, de não se adaptarem à nova casa, de termos de os deixar nas casas dos respetivos "avós" é coisa que me cria angústia. Esperemos que agora com os treinos eles mudem, nós mudemos e

Domingo eu e ele juntamos os nossos cães e fomos fazer um passeio em conjunto. Eles já tinham estado juntos uma vez (o ano passado), quando o meu ainda era cachorro e a coisa, já nessa altura, não tinha corrido de forma muito pacífica. Na altura achávamos que, quando o meu cão crescesse um pouco mais, ganharia algum juízo e a convivência entre eles passava a ser mais calma. Domingo fomos novamente passear juntos e a coisa correu exponencialmente pior. Acontece que temos um cão possessivo (o meu) e um cão ciumento (o dele), ambos machos e nenhum castrado.  Depois do passeio de domingo ficou inequívoco que vamos ter de os meter numa escola de treinos (para bem da nossa sanidade mental e para bem da nossa futura casa, que estará nova e imaculada e que será para manter assim o mais possível). Ontem já fomos à escola marcar uma avaliação e sexta-feira lá vão os dois para a escola. Ou melhor dizendo, lá vamos os quatro para a escola, porque lá no fundo, a escola serve mais para ens

Confesso-me: sou uma "mãe" galinha em relação ao meu cão.  Sabem aqueles pais (sobretudo mães) que quando vão levar os filhos ao infantário/creche nas primeiras vezes, depois de os deixarem, mal viram costas já estão com a lágrima no olho?... Eu ainda não estou ao nível de ficar de lágrima no olho mas quando tenho de sair de casa e deixar o cão sozinho, sem ninguém em casa, fecho a porta e não consigo olhar para trás e ver a cara dele a olhar para mim. Já aconteceu ele aperceber-se que eu ia sair de casa e correr para a varanda para me ver a entrar no carro e fazer-me à vida e digo-vos: foi de partir o coração! Eu estar a sair da rua, espreitar pelo espelho retrovisor e vê-lo ali, sozinho, a seguir o percurso do carro com aqueles olhinhos tristes... Também já aconteceu algumas vezes eu sair, fechar a porta e ficar uns minutos colada à porta a ouvi-lo a chorar do lado de dentro (só não a abri a porta e o meti no carro comigo porque no trabalho ainda não é permitido l

Filme disponível no Netflix Vou deixar de ver filmes em que os cães são os principais protagonistas.  Chegar ao fim do filme com um nó na garganta e a lagrimita a querer dar o ar da sua graça não está com nada!

Pessoal que tem cães e que não sabe que brinquedos lhe dar para os entreter, por ai alguém? Pois que a vossa saga está quase a terminar... Está descoberta a melhor bola de todos os tempos - a bola Chuckit . Nunca vi o meu cão tão entusiasmado com um brinquedo como com esta bola (e olhem que em menos de um ano já lhe dei muitos brinquedos diferentes, por isso, já tenho um bom termo de comparação). Já tinha ouvido outras pessoas que tem animais a falarem maravilhas desta bola, que era uma espécie de última coca-cola no deserto, mas sempre achei que com o Benny isso não fosse acontecer (ele prefere brincar com papel que vai apanhando à revelia, com os panos de limpar o pó ou com as canhotas que era suposto irem para a salamandra). Mas assim que lhe dei a bola... nunca mais a largou! Anda com ela para todo o lado e no primeiro dia que a dei, preferiu não comer do que largar a bola, com medo que alguém lhe fosse tirar a dita cuja. Quando vai para a janela espreitar o que se passa n

Hoje o mais novo cá de casa festeja o seu primeiro aniversário.  🐕 Para ele foi um dia normal, igual a tantos outros, um dia em que dormiu, brincou, voltou a dormir, correu, recebeu muitos beijos e mimos e jogou com a sua bola preferida. Para mim é um dia para festejar!  Só quem tem animais em casa e gosta de animais sabe o quão bom é ter a companhia deles. O meu Benny é a primeira coisa que vejo quando acordo e a última que vejo antes de adormecer. Todos os dias quando acordo, a primeira coisa que faço é abraça-lo e enche-lo de beijos, e ele encosta-se a mim e recebe todos esses mimos sem oferecer resistência.  Nem todos os dias são cor-de-rosa quando se tem animais dentro de casa (como foi o caso do último domingo, em que se encheu de lama e se veio sacudir junto à parede branca da cozinha...), mas quando me lembro do meu Benny é com um sorriso na cara, é das coisas boas que me lembro. As coisas boas superam largamente as coisas menos boas (até as noites em que e

Sobretudo na hora de ir para a cama!  Se os pais se queixam que depois de terem filhos perdem espaço na cama porque os filhos lhes invadem a cama ocupando mais de metade do espaço, isso é porque não tem nenhum labrador que prefere dormir na cama da dona do que na cama dele e que gosta de se deitar na horizontal em cima das almofadas ou então em cima da dona em versão botija de água quente gigante. Se em dias de frio isso até tem uma parte boa, o que é certo é que às vezes até fico com as pernas dormentes de não me conseguir mexer. E olhem que a minha cama é de casal e há espaço mais do que suficiente para mim e para o cão, mas ele gosta de proximidade, muuuuita proximidade...

Ter cães dentro de casa em dias de chuva deve ser, mais ou menos, como ter filhos pequenos fechados em casa ao fim-de-semana quando está a chover. O meu cão mais novo fica dentro de casa e quando quer ir ao jardim abre a porta e lá vai ele, sozinho e autónomo. Passa muito tempo no jardim a correr atrás das moscas e dos pássaros, a ladrar a outros cães que ouve ao longe, a fazer corridas e, em dias de sol, deitado na relva a trabalhar para o bronze. Acontece que em dias de chuva tenho de estar sempre de olho nele para que ele não vá para o jardim e entre depois em casa todo sujo e molhado e deixe um rasto de sujidade por onde passa. Pois acontece que, nos dias de chuva, e embora eu não goste que ele vá para o jardim, ele tem as necessidades dele e tem de lá ir.  Hoje, depois de lhe dar a comida, lá lhe abri a porta para o jardim (em dias de chuva as portas tem de ficar fechadas à chave, se não ele abre-as e vai sozinho à vidinha dele), numa altura em que chovia pouco, e es

Benny Dia de ir com o Benny ao veterinário para fazer um check-up . Na altura de subir à balança, antes de ele se sentar lá muito bem comportado e lançar o seu charme, alertei a veterinária que ele esta semana tinha emagrecido porque andou a comer muito pouco (já é a segunda vez que se lembra e faz fitas para comer) e que se fartou de correr. Quando ele se pesa, a veterinária só me diz "Quase 27 quilos e emagreceu? É para perder uns quilinhos que ele está gordo para a estatura que tem!" Coitado, tão novo e já com o rótulo de gordo. A partir de hoje vou ter de lhe reduzir à comida (e talvez deixar de ver aquelas dobrinhas no pescoço que eu tanto gosto snif snif ). Já agora, sugestões de ração para cães (labrador) até 25 kgs, com menos de 1 ano de idade (sim, pode não parecer mas ele só tem 10 meses) e que os granulos da ração sejam grandes?

De há uns meses para cá, eu e este objeto temos sido grandes amigos. Amigos ao ponto de ponderar começar a andar com ele na bolsa atrás de mim, sobretudo quando ando com roupas escuras. Por mais que eu passe o rolo na roupa antes de sair de casa, há sempre um ou outro pêlo do sr. Benny mais resistente que fica... e eu que não gosto nada de ver roupa com pêlos!!!

Aqui há uns meses o meu cão mais novo olhou para a minha esponja  Konjac, de limpeza facial, e achou que aquilo, tendo uma forma semelhante a uma bola, era para brincar e acabou por me desfazer a esponja em dezenas de pedacinhos pequeninos. Neste último fim-de-semana a minha afilhada olhou para a minha esponja de maquilhagem, com um cor-de-rosa apelativo, e achou que seria interessante explorar as propriedades da esponja, nomeadamente ao nível da maleabilidade e resistência. Este foi o estado da sua experiência:

No seguimento de um momento de brincadeira entre o meu cão e a minha afilhada, diz-me ela: Ela: Acho que o Benny está apaixonado por mim! Eu: Apaixonado! Porquê? Ela: À quantidade de beijos que me deu na boca só pode. Ninguém dá tantos beijos na boca se não estiver apaixonado! E e isto, há muito amor por estes lados... Amor e linguados!