Linhas Cruzadas

Não tenho paciência para trabalhar com pessoas (mais velhas do que eu) que fazem birras como se fossem adolescentes. Que se sentem melindradas porque tem a auto-estima em baixo e depois descontam nos outros. Não tenho paciência. Pessoas que já tinham mais que idade para ter juízo e para deixarem de fazer cenas tristes e birras sem conteúdos. Haja paciência. E pessoas para as aturar porque eu não tenho pachorra para isso.

Tenho tido dias tão preenchidos, sempre a correr de um lado para o outro que hoje estou a estranhar o poder estar a trabalhar o dia todo em casa sem ter de andar a correr contra o relógio, a evitar transito, a rezar para que tenha estacionamento perto e a ver pessoas.

Já só faltam mais duas reuniões para entrar em modo fim-de-semana. Relógio anda mais depressa um bocadinho por favor que eu estou ansiosa para poder desligar desta semana frenética e esgotante.

Depois de 15 horas de trabalho, finalmente voltei a entrar em casa e vou para a cama. Só é pena é ir para a cama para preparar a reunião de amanhã de manhã. E o pior de tudo, é que olhando para a agenda, dá-me vontade de cortar os pulsos: esta semana vai ser sempre assim até sexta-feira. Eu não me queixo do trabalho. Só me queixo de aparecer tudo ao mesmo tempo e depois haver períodos em que estou simplesmente a ver a banda passar. Seria pedir muito as coisas aparecerem repartidas no tempo e não ser obrigada a trabalhar em condições desumanas e que são um atentado à qualidade e perfeição?

Aquele momento em que abro o e-mail, vejo que estavam lá os resultados de um concurso público que concorri para a minha área e vejo que fiquei em primeiro lugar com a nota de 19.25 valores e durante uns segundos fico em êxtase e ligo de imediato namorado a partilhar a notícia. E é só quando estou ao telefone com ele e ambos estamos a analisar a lista de resultados é que vejo, no final da lista, que afinal não fui eu a escolhida, mas sim a pessoa que ficou em segundo lugar porque eu já tinha realizado em estágio pelo IEFP em tempos passados e por isso, não me enquadro neste tipo de contrato. E por segundos passou-me pela cabeça a ideia de ter um trabalho estável, de durante um ano poder estar a fazer aquilo que gosto, de aproveitar esta viagem de férias de uma maneira mais especial e, afinal, continua tudo na mesma.

Vamos lá enfrentar mais um dia cheio e preenchido. Ainda só estamos a meio da semana e a minha parece que já começou à muitos dias. Adoro estes dias que são todos diferentes, sempre cheios, com sol,  projetos e esperanças. Dêem-me trabalho e coisas para fazer que até o cansaço (que é muito) é suportável. E é em dias cheios que eu consigo organizar-me melhor, fazer mais coisas e estar com mais pessoas.

Se todas as semanas fossem tão atarefadas como esta, eu nem precisava de ir ao ginásio! Bendita agenda. Com a quantidade de coisas que tive de fazer esta semana (e o que ainda tenho de fazer até às 23 horas de hoje e no fim-de-semana) se não fosse ela estava desgraçada! Agora vou só ali num instantinho fazer a segunda prova do modelito para o casamento da próxima semana e passar pela cabeleireira para decidir o penteado e seguir para mais uma reunião.

Ter o estádio do Dragão como imagem de fundo numa reunião de trabalho não é propriamente o melhor cenário para um Benfiquista trabalhar. E pronto, era só isto. Agora vou só ali para a secretária trabalhar mais um pouco que o trabalho não se faz sozinho (recebesse eu em proporção ao que trabalho e neste momento estaria com um orçamento bem gordo a procurar destinos paradisíacos para ir de férias no Verão) e esperar que o investimento e trabalho prévio valham a pena.

É tão mais fácil ser saudável no tempo quente (se bem que os gelados vem questionar um pouco esta minha teoria). Começar a semana com um sumo natural de laranjas colhidas no quintal da avó só pode ser um bom prenúncio.  Para já começa com uma reunião mais logo no Porto. Uma reunião bastante formal e que me fez perder muitas horas do meu fim-de-semana a prepará-la. Agora é esperar para ver se valeu a pena o investimento de tempo e energia (e fazer figas para que a reunião não seja tão extensa no tempo como a que tive sexta-feira, que durou mais de três horas). Boa semana para tod@s.

Sempre gostei de Maio. Em Maio acontecem coisas boas. Tem uma energia especial que eu não sei explicar. Mais logo tenho uma reunião e, quem sabe, não comece hoje uma parceria interessante de trabalho que irá exigir de mim, que me irá fazer sair da minha zona de conforto, um trabalho muito diversificado (tal como eu gosto). Vamos fazer figas e torcer para que corra bem. É bom saber que a nossa competência, por vezes, é lembrada e valorizada.

Hoje é dia de mais uma entrevista de emprego. Normal. Simples. Nada que não esteja já habituada e preparada.  O que me está a causar algum nervoso miudinho é saber que quem vai conduzir a entrevista é alguém que já se cruzou no meu percurso académico e profissional e que tinha a capacidade de testar os limites da minha paciência e bom-senso. Alguém com quem eu não me identifico como profissional e que a sua ética no trabalho me causa alguma urticária (nunca hei-de conseguir ser uma "lambe-botas" simplesmente para agradar aos superiores nem conseguir lidar bem com pessoas que valorizam os "lambe-botas" em detrimento da competência e profissionalismo).   Inspirar. Expirar. Deixa-me mas é ver se consigo entrar num estado zen e conduzir a entrevista à minha maneira e não me deixar ser atraiçoada pelo nervoso miudinho.

Aquele momento em que percebem que achavam que antes de mandar o pc para arranjar passaram tudo o que lá estava para o disco externo mas depois, quando ligam o disco externo ao pc (depois de ele vir de arranjar) percebem que não tem lá nada gravado. Panicam durante uns dias, entram em negação a achar que não, que quando voltarem a ligar o disco ao computador vai estar lá tudo mas quando o fazem apercebem-se, pela segunda vez que não está lá nada. Novo choque, panica-se mais um bom bocado e começa-se a pensar em tudo o que se perdeu e a martirizar porque é que para além de gravar naquele disco externo não gravei também noutro sítio. Começo a pensar o que consigo recuperar por terceiros, tipo fotos de viagens, material de trabalho e afins e lembro-me que tenho outro disco bastante mais antiguinho e que poderei ter lá alguma coisa. Corro para o disco em busca de uma alegria mas percebo que o cabo do disco está perdido algures na minha casa (e embora procure não o encontro) e que

Se as segundas-feiras já são por norma dias difíceis no que toca a voltar ao trabalho, então hoje mais difícil se torna. A  primeira segunda-feira do ano, depois de dias seguidos de festa, família, comida e muito sofá custa a dobrar. A triplicar.

Detesto quando estou à espera de um e-mail importante e ao invés desse e-mail recebo um sem número de e-mails com coisas que não interessam nem ao menino Jesus (lixo, basicamente). Tudo isto é agravado pelo facto de eu não ter dormido quase nada de noite e a minha paciência e tolerância estarem ali a roçar o zero. O dia promete.

Tenho ainda um longo dia pela frente e mais logo um jantar de aniversário, mas só de saber que é sexta-feira e que no fim-de-semana não terei de tirar as manhãs para trabalhar, nem estar a pensar na semana caótica que se avizinha até me "nascem" energias vindas sabe lá Deus de onde! Boa sexta-feira.

A cair lentamente, um pedaço de cada vez. Lá para sexta-feira a perspectiva é (para além de umas olheiras até aos joelhos) ser só um monte de ossos porque tudo o resto já devo ter perdido durante a semana (se calhar foi má ideia ter desmarcado a nutricionista na sexta-feira. Ia estar um peso pluma). A ver se ainda tenho tempo de enfiar qualquer coisa pela goela abaixo antes de ir para o curso para ver se me aguento até sexta-feira minimamente de pé (e funcional).

Com tanta correria acho que seria mais inteligente se ao invés de andar com uma bolsa ao ombro andasse com uma mala de viagem atrás. A diferença não seria muita já que se formos a falar do peso e das coisas que meto lá para dentro seria muito semelhante.

Estive a trabalhar sábado e domingo de manhã para adiantar trabalho para esta semana e mesmo assim, olhando para a minha agenda dá-me vontade de fugir. Que semana caótica: ora são consultas, ora é formação (mais as trocas que me pediram para esta semana e que não vinham nada a calhar), é um relatório para entregar, o curso que comecei a fazer em horário pós-laboral, uma reunião (que possivelmente não poderei ir), uma prova de conhecimentos para um concurso público (e ainda tenho de "estudar" o material que vai ser alvo de avaliação)! Que mais aparecerá para fazer esta semana? Posso fugir e aparecer só no próximo fim-de-semana? 

Andei a semana toda a procrastinar a escrita deste relatório. Foi preciso chegar a sexta-feira para me mentalizar que não posso deixar isto para o fim-de-semana, que não posso adiar mais. Tenho de arrumar com ele o quanto antes. Mas custa tanto saber que aquilo que vou escrever poderá influenciar a vida de outras pessoas.

O mês de Junho tem sido preenchido tal como eu gosto: voltei a ser chamada para dar formação, estou a fazer um curso de curta duração à noite, continuo com as consultas na associação (vá lá que o voluntariado agora está em pausa por causa das férias das crianças) e mais outras tantas coisas que me vão ocupando os dias. Por isso, e juntando a preguiça que às vezes se faz sentir, nem sempre é possível todas as semanas fazer um balanço de como correu a semana. Mas como sempre ouvi dizer que "mais vale tarde do que nunca" as minhas últimas semanas tem sido felizes e espelho disso são as imagens. 1/2- Novos produtos (tudo Oriflame); 3/4- New in: vestido Zara e necessaire Women secret; 5- Aniversário da S.; 6- Bolo feito aqui pela J. para lanche de família; 7/8/9/10- Tudo coisas muito saudáveis que justificam as minhas idas ao ginásio; 11/12- Sangrias fresquinhas em dias mais quentes e longos; 13- Porque estamos em époc