Linhas Cruzadas

A expectativa para este livro é muita. Escrito no ano que lhe deu o título, retrata as vivências de uma sociedade controlada por um regime. Ainda só li cerca de trinta páginas mas já me aguçou o apetite e isso é um excelente prognóstico para o resto do livro. Espero devorá-lo rapidamente nas tardes em que estiver de papo para o ar a trabalhar para o bronze.

E por hoje é isto que o dia ontem foi cansativo e acabou bem tarde. Entre ver um filme no sofá, dormir no dito cujo, ir à cozinha petiscar qualquer coisa, voltar para o sofá e pouco mais. Como sabe bem a vida simples a um domingo à tarde. Bom domingo.

Bora lá para a cabeleireira pôr a leitura em dia das revistas cor-de-rosa e ouvir as cusquices todas aqui das redondezas para ficar a saber quem se casou, quem está solteiro, quem está desempregado, quem vai emigrar, quem foi passar férias para o Algarve, quem morreu ou está bem mal e afins. E depois ainda há quem não perceba porque é que eu não gosto de ir à cabeleireira. Para além de tudo isto, ainda nos puxam o cabelo, deitam-nos ar quente para cima, obrigam-nos a manter tempos infinitos na mesma posição sem nos mexermos e no final ainda pagamos por toda esta tortura. E ainda há quem diga que só quem não tem juízo é que gosta de masoquismo.

Adoro o cheiro da casa acabada de arrumar. Não gosto é de ter de a arrumar. Mas o cheirinho a casa limpa é maravilhoso.

É que hoje quando pus o pé na rua tive a ideia que estava pr´ai em Abril. Espero que amanhã a coisa mude que eu tenho um casamento e não quero andar a arrastar o vestido no chão molhado e a bater o dente sempre que tiver de andar ao ar livre. Para já não falar que o guarda-chuva não estava pensado na indumentária. Se eu sabia, ao invés de ter corrido não sei quantas lojas à procura de uma clutch , tinha antes comprado um guarda-chuva. Era coisa para ter demorado menos tempo.

Não sei se é só aqui pelo pela zona onde moro ou se é um fenómeno geral mas os condutores no mês de Agosto ficam possuídos. E não me estou a referir somente aos emigrantes que tantas asneiras fazem na estrada, metendo num bolso quem ainda está a tirar a carta e não faz nem metade das infracções comparativamente a esses que supostamente sabem já conduzir e que até vem de outro pais a conduzir, fazendo centenas de quilómetros (tenho curiosidade em saber como é que conduzem no seu país, no seu dia-a-dia. Juro que tenho.) . Estou também a falar daqueles condutores que habitam o nosso pais durante todo o ano, mas que chegando a este mês parece que são invadidos não sei bem pelo quê e é vê-los ai a fazer infrações como gente grande. Estúpida mania esta de querer dar nas vistas (e muitas das vezes pelos piores motivos).  Esta semana tenho andado muito na estrada, em horas diferentes e por sítios diferentes e digo-vos que estou pasmada da vida. Já vi gente a andar em contra-mão, a f