Eu não sou uma pessoa muito desastrada e dada aos acidentes (tirando umas tantas cabeçadas a entrar para carros e uns tantos encontrões a móveis), mas este fim-de-semana ponderei fazer um seguro de vida.
Então na sexta-feira à noite, ia eu meter mais lenha no recuperador de calor para manter o ambiente quentinho e aconchegante quando, sem dar conta, encosto a porta do recuperador de calor (em ferro a altas temperaturas) ao meu peito! Foi uma dor engraçada (isto para não dizer "uma dor fdp"). Mal levei a mão ao peito, veio logo pele junta aos dedos. Uma bela queimadura. Pior é que eu não tinha nada em casa para as queimaduras. Tenho ali na farmácia uma série de medicamentos para as mais diversas coisas (até laxante eu tenho minha gente!), mas algo para as queimaduras népia! Toca a lavar com soro fisiológico e aguentar as dores.
Espero sinceramente não ficar com uma cicatriz muito evidente (tenho-me besuntado várias vezes ao dia com pomada para as queimaduras, que já fui comprar! Vamos lá ver se é o suficiente). Como diz o marido "é uma medalha de guerra. Agora não preciso de usar fios ou colares".
Não fosse já isto o suficiente, na madrugada de sábado para domingo, levanto-me a meio da noite para ir à casa-de-banho (sim, eu sou como os velhinhos, e na maioria das noites levanto-me para ir à casa-de-banho), não acendo a luz para não acordar o marido que tinha vindo de uma viagem de trabalho e estava cansado e, o que é que acontece? Espetei-me de nariz contra a parede! O embate foi tal que até fiz ricochete! Só não soltei um palavrão a meio da noite porque a ideia era não acordar o marido.
Mais uma vez, uma dor jeitosa. Senti o nariz a encolher todo contra a parede. Comecei logo a sangrar. Toca a ir pôr gelo e rezar para que no dia seguinte não acordasse com a cara inchada ou negra. Felizmente o gelo fez milagres e resta-me só esta dor intensa que me limita em muita coisa (a vestir a roupa, a pôr creme na cara, a cumprimentar as pessoas, a assoar o nariz, a usar óculos).
Confesso que desde aí fiquei um bocado receosa e com medo de fazer o que quer que fosse. Sempre que pegava numa faca para cortar qualquer coisa, parecia que a faca me estava a morder, tal era a distância que mantinha a faca de mim. Eu sei lá que mais me poderá acontecer. O que sei é que o ditado diz "não há duas sem três" e eu já tive dores suficientes nestes últimos dias.
Nota mental para futuro: não me voltar a rir da minha mãe se ela voltar a esbarrar-se contra a parede e ficar toda negra e inchada como da última vez que lhe aconteceu (e sim, já lhe aconteceu mais do que uma vez).
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