Uma das minhas melhores amigas está a morar em Paris à cinco anos. No inicio foi estranho não a ter todos os dias, não conversar com ela a todas as horas e saber que se precisasse, ela não estaria ali perto, pelo menos fisicamente.
Com o tempo uma pessoa habitua-se à distância, arranja formas de matar saudades e convence-se que esta é a realidade de agora e que não vale a pena lamentar.
Sempre que queremos conversar, falamos pelo telefone fixo porque as chamadas são grátis (para além dos e-mails e das mensagens pelo facebook). Por vezes isso é um pouco limitativo porque nem sempre os horários coincidem e nem sempre estamos as duas em casa às mesmas horas. Mas no Domingo ela ligou-me para o telemóvel. Precisava de um pequeno favor com alguma urgência e ligou-me para o telemóvel. E hoje, quando fui à lista de chamadas para fazer uma outra chamada e vi lá o nome dela nas chamadas perdidas deu-me uma certa alegria e ao mesmo tempo nostalgia. Nostalgia do tempo em que o nome dela estava quase sempre na lista das últimas chamadas realizadas. Foi como se o tempo voltasse atrás e ela continuasse a fazer parte das rotinas e das conversas do meu dia-a-dia.
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