Nem tudo é mau em ser trabalhador independente. Que trabalhar a recibos verdes é uma realidade péssima, lá isso é. Que não saber se no mês seguinte vamos ter trabalho e dinheiro para pagar as nossas contas, pior ainda. Que não podemos fazer planos a médio prazo (já nem falo a longo) porque não há estabilidade nenhuma...isso é melhor nem pensar. Por isso mais vale valorizar as vantagens (se é que podemos chamar vantagem) e as coisas boas.
Poder a meio da semana tirar um dia para passear com quem gostamos, para ir almoçar aquele sítio gostoso e bebericar um café duradouro sem estar preocupada em voltar para o trabalho, poder ir às compras e ao cinema e não ter de dar justificações a ninguém do porquê de não irmos trabalhar ou ter de usar dias de férias, isso sim é muito gostoso.
E ontem foi um dia assim: sair de manhã, não muito cedo porque tínhamos todo o tempo por nossa conta, parar em todos os sítios que nos apeteceu, para para admirar a paisagem, parar para sentir o sol na cara, parar só porque sim, demorar-mo-nos em cada local, deitar conversa fora só para matar o tempo, almoçar lentamente enquanto as palavras atropelam a refeição, parar mais do que uma vez para um cafézinho, para uma fotografia ou para descansar... e isso foi tão maravilhoso. Se acabei o dia exausta? Sim, acabei. Mas de alma cheia e muito feliz.
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