Nunca tinha lido nada de Saramago (podem começar a achincalhar-me e a atirar-me as primeiras pedras). Não sei porquê mas embirrava com a escrita do senhor. Tinha lido alguns excertos e aquela maneira mais peculiar de escrever não me fascinava. Pelo menos nessa altura não. Acho que os nossos gostos literários dependem muito da nossa maturidade, da nossa personalidade e da fase da vida em que nos encontramos e quando experimentei pela primeira vez ler Saramago não tinha o enquadramento necessário para ler o nosso Nobel. Mas estas férias decidi arriscar. Levei "As intermitências da morte" para as férias com a ideia de "se não gostar do livro paciência, há muitas outras coisas para se fazer nas férias para além de ler".
O curioso é que desta vez, à segunda tentativa a ler Saramago, é que adorei a história logo nas primeiras páginas. Ao inicio o tipo de escrita é um bocado confusa: a quase ausência de sinais de pontuação e quando os há nem sempre são usados da forma a que estamos acostumados. Mas o que é certo é que a história supera até isso e estou presa ao livro. Não tão presa que o tivesse acabado nas férias (apesar das suas pouco mais de 200 páginas) mas isso foi porque houve muitas sestas na praia, muitas conversas em esplanadas e muitos passeios ao fim do jantar e por isso o tempo para a leitura escasseou. Mas não falta muito para o acabar este e me aventurar nos outros todos que tenho pela frente.
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