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Pokémon Go - a nova epidemia



Parou tudo! Cuidado que anda ai uma nova doença que se espalha rapidamente pelas pessoas no geral, e pelos viciados em jogos em particular. Dá pelo nome de Pokémon Go e ataca sem piedade.
Eu, pobre e infeliz alma, tenho a lamentar o facto de o meu namorado ter sido contaminado por tal virose. Verdade seja dita, o sistema imunitário dele para este tipo de coisas é quase inexistente.
Desde ontem que o tempo que estamos juntos tem uma outra dimensão. O tempo é medido em distância e em pokémons que existem nas redondezas.

Só para estarem alertas, os sintomas da doença assentam essencialmente na mudança drástica de comportamento, havendo uma regressão ao nível da idade mental do infectado. Para já só posso falar do caso do meu namorado, mas desconfio que em breve terei mais exemplos para aumentar a amostragem (até porque dizem as sondagens, nos poucos dias com que este jogo conta, já ultrapassou o Tinder e o Twitter).  

Para que percebam melhor, vou dar o exemplo do meu namorado. Ontem fui ao shopping com ele e por norma, ao fim de vermos duas ou três lojas já ele está  cheio de andar de um lado para o outro e a dizer que já chega de lojas. Ontem o caso foi diferente: entra comigo na primeira loja (que por acaso é uma das que ele não gosta nada de entrar!), telemóvel em punho com o jogo ligado a apontar para todos os lados da loja (o jogo funciona com o GPS e é uma espécie de realidade virtual) e nisto diz "Tenho de ir àquele canto da loja que tem ali um Pokémon". E era vê-lo com o telemóvel apontado para a roupa porque pelos vistos estava lá um Polemón e ele tinha de lhe acertar com a Pokebola. Eu ao longe a apreciar a cena, incrédula e a pensar com os meus botões que muito em breve ele faz 30 anos... Comecei a ver a loja, fui experimentar uma peça, fui para a fila pagar e homem nem vê-lo. Continuo na fila e nisto aparece ele. Pergunto-lhe onde tinha ido e diz ele "Fui dar uma volta ao shopping para ver onde havia mais Pokémons" (sem comentários...).
Saímos dessa loja, entro noutra e ele todo entretido a explorar todos os cantos à loja a ver se encontrava mais Pokemons. De vez em quando lá parava com o telemóvel apontado sabe lá Deus para onde e com cara de caso. Paramos para lanchar e diz ele "Sai de casa com a bateria quase cheia e já não tenho bateria" (Só para esclarecer, estivemos menos de uma hora a ver lojas.).

Para além deste comportamento atípico no shopping, enquanto nos dirigíamos para lá ia eu a conduzir e ele sempre de telemóvel na mão. Às tantas diz-me ele "Não vás por ai, vira antes aqui...". Eu já a desconfiar mas não querendo acreditar lá fiz o que me disse. As tantas manda-me parar o carro. Sabem para quê? Para apanhar um Pokémon! (Já disse que ele está prestes a fazer 30 anos, certo?).

Chega a casa, põe o telemóvel a carregar e por momentos esquece os Pokémons. Ao fim da tarde fomos ao aeroporto buscar a irmã dele e mal ele para no aeroporto a primeira coisa que faz é ver se havia algum Pokémon nas redondezas. Anda tolo para apanhar um Pikachu! À quem tenha ficado tolo com as traças, ele é mais com o Pikachu.
Chegados a casa, pousar as malas e fomos os três (eu, ele e a irmã dele) jantar e outra vez a mesma história: mal estacionamos, a primeira coisa que faz é ver se havia Pokémons nas redondezas e locais para apanhar bolas e ovos (ou lá o que é aquilo). Jantámos, saímos do restaurante, entramos no carro e desta vez como era ele que ia a conduzir diz-me ele "Pega o meu telemóvel e vai-me apanhando as coisas que aparecerem pelo caminho!". E eu, como não gosto de ver os doentes em sofrimento lá lhe amenizei a dor e fiz o que ele mandou (erro!!). Viemos todo caminho pr´ai a 30km/h (em estradas com boa visibilidade e sem carros à frente, semáforos, cruzamentos ou afins). Segundo ele, se for mais depressa não dá para recolher os pokémons, as bolas e essas merdices do jogo. Pior era quando eu não conseguia acertar com a bola em cheio no bicho, ele encostava o carro à beira, arrancava-me o telemóvel das mãos e era vê-lo, qual criança de 5 anos, todo entusiasmado amarrado ao telemóvel e em êxtase por ter encontrado mais não sei o quê.

Não fosse já isso o bastante para eu ponderar pedir junto das autoridades competentes um internamento compulsivo numa casa de saúde mental, eis que ele altera a rota de regresso a casa para passar em mais ruas porque na aplicação mostrava que na rua X e Y tinha lá cenas para apanhar. Nunca o regresso a casa foi tão demorado. Chegamos a minha casa, saio do carro e diz ele para a irmã "Agora pega tu no telemóvel e vais assumir tu o controle do jogo até casa!".

Hoje enquanto falava com ele ao telemóvel diz-me "Passei com o A. na Avenida da Liberdade e aquilo estava cheio de Pokémons e coisas para apanhar, mas como íamos de carro e íamos depressa não consegui apanhar nada...".

E é isto minha gente. Digam-me que eu não estou só nesta luta e que há cura para a doença. Para já tenho-me rido com isto (até porque nunca o vi com tanto entusiasmo a ir a um shopping. Há que saber tira proveito da adversidade. Ou como diz o velho ditado "Se não podes vencer, junta-te a eles") mas temo que a coisa se agrave.

O dia de amanhã promete, até porque ele amanhã faz anos e vamos tirar a tarde para passear. Estou a ver que vou ser eu, ele e mais não sei quantos Pokémons. 

Comentários

  1. reakmente esse jogo esta a tornar se uma loucura... so se ouve falar disso agr

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  2. reakmente esse jogo esta a tornar se uma loucura... so se ouve falar disso agr

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