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Um dia de férias em que nada correu como planeado.

Há dias em que uma pessoa se questiona se devia ter saído de casa. A semana passada, e para aproveitar os últimos dias de férias, os dias foram quase todos preenchidos. Em cada dia foi uma cidade diferente, uma espécie de "vá para fora cá dentro", conhecer o que está perto e as paisagens lindíssimas que o nosso Portugal nos oferece.
Num desses dias fui mais o namorado e o cão até à Serra de Fafe para visitar a casa do Penedo. Uma casa emblemática construída entre quatro penedos, no meio do nada, no sossego da serra e que é um ponto de paragem obrigatória nesta cidade. 
Combinamos uma hora para sair de casa e à hora marcada lá estávamos nós a meter a morada no GPS. E ai começou o nosso (primeiro!) problema... encontramos diferentes moradas na internet e as coordenadas que lá apareciam mandavam-nos para uma viagem de mais de 1800 km lá para os lados de França. Depois de quase meia hora de pesquisa lá encontramos uma morada que nos pareceu fiável e metemo-nos ao caminho. Até Fafe o caminho é bom mas depois começam as estradinhas mais apertadas cheias de curvas e mais curvas e depois, para subir à serra é em terra batida. Mas faz-se bem, qualquer carro consegue lá chegar. Chegados lá eis que vimos as traseiras da famosa casa lá no cimo. Estacionamos, subimos a pé em direção à casa e eis que percebemos que era impossível chegar até à casa porque estava toda vedada com arame farpado e era impossível aproximar-nos da dita e vê-la em todos os seus ângulos. Conclusão, só vimos a traseira da casa e de longe! Bonito, tanto tempo à procura da morada, quase 40 km de caminho, estradas estreitas e muitas curvas e chegados lá acima não deu para ver nada de jeito. O que nos valeu é que o cão faz a festa em qualquer sítio e estava todo entusiasmado a correr de um lado para o outro. Ainda estivemos por lá algum tempo a tirar umas fotografias na serra e à felicidade do cão a correr de um lado para o outro e depois descemos até ao centro de Fafe para lanchar qualquer coisa porque a fome começava a apertar. Chegamos ao centro, estacionamos, íamos para pôr a trela no cão para o tirarmos do carro e a conversa que se seguiu foi a seguinte:
Ele: passa-me a trela.
Eu: não sou eu que tenho a trela!...
Ele: eu dei-ta, tem de estar ai!
Eu: não deste nada, a trela não está aqui!
E depois de inspeccionar o carro de uma ponta a outra, de atirar responsabilidades um ao outro lá chegamos à conclusão que a trela tinha ficado lá em cima na serra. Toca a entrar novamente do carro, subir novamente à serra e rezar para que a trela estivesse lá. Chegados lá cima lá estava a trela, em cima do penedo onde ele tinha estado sentado (afinal a culpa não era minha). A esta altura já nós estávamos com humor de cão furioso e continuávamos cheios de fome. Toca a descer novamente até ao centro e 30 km depois (15 a subir e mais 15 a descer) chegamos outra vez ao centro. Atendendo a que já estava a ficar perto da hora de jantar e que nós já estávamos com fome de leão decidimos pesquisar onde comer por Fafe (e um sítio com esplanada porque como estávamos com o cão ficávamos mais limitados nas opções, infelizmente!). Encontramos uma pizzaria com boas referências, com esplanada e que já estaria aberta. Fizemo-nos ao caminho à procura da pizzaria e quando lá chegamos estava... fechada! Lindo, tudo a correr maravilhosamente bem! Já a grunhir, o namorado sugeriu ir a outra pizzaria que ficava já em Guimarães onde se come maravilhosamente bem. Novamente para o carro e toca a conduzir mais não sei quantos quilómetros até ao próximo destino. Chegamos ao local, ele sai do carro com o cão para o pôr a fazer as necessidades e diz-me para ir ao restaurante reservar uma mesa na esplanada (como a esplanada tem poucas mesas e a nossa sorte não estava nos melhores dias mais valia não arriscar). Vou até ao restaurante, a porta já estava aberta, estavam dois funcionários a levar coisas lá para dentro e então eu entrei para reservar mesa. A conversa que se seguiu depois de eu entrar foi a seguinte:
Dona do restaurante - O que deseja menina?
Eu - Queria reservar mesa lá fora para 2 pessoas.
DR: Estamos fechados menina, só abrimos no próximo sábado!
Eu - ... (silêncio!)
Se não fosse o bom senso tinha-me amarrado às pernas da senhora a implorar para nos fazer duas pizzas calzone, enquanto deixava escapar uma lagriminha pelo canto do olho. Mas contive-me e sentamo-nos os dois por largos minutos num banco de pedra que tinha lá num átrio a carpir a nossa falta de sorte e a pensar em alternativas. 
Foi então que ligamos para outra pizzaria em Guimarães onde conhecemos a dona, amante de cães e dona de uma série deles, para perguntar se tinham esplanada ou se dava para levar animais mas a resposta foi negativa para ambas as perguntas...
E depois de três tentativas frustradas de comer uma pizza já aceitávamos qualquer outra opção de comida desde que fosse rápido e desse para levar o cão. Toca a fazer-nos à estrada, ir até à outra ponta da cidade, andar mais não sei quantos quilómetros e finalmente sentar o cu numa esplanada onde sabemos que se come muito bem (mas não era pizza...). Lá ficamos por um belo hambúrguer com batatas fritas com oregãos e uma bela sobremesa. Depois de um dia em que a sorte não esteve do nosso lado merecíamos comer algo reconfortante. E pronto, assim foi o nosso dias de férias em que basicamente passamos o dia a andar de carro e a maldizer a nossa falta de sorte.


PS: Infelizmente esta foto não é minha nem tenho nenhuma semelhante porque 
não consegui ver a casa do penedo em condições.

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