Ao longo destes 30 anos da minha existência sempre disse que não gostava de vinho. Na generalidade não sou apreciadora: não gosto de vinho tinto, branco, verde, maduro ou verde, vinho do porto, champagne e outras espécies que tal. Também, verdade seja dita, nunca dei grande oportunidade ao vinho e sou muito resistente a experimentar (quando era mais nova só o cheiro já me causava alguma repulsa). A única coisa que ainda escapa é o Moscatel de Setúbal (se for misturado com 7Up a coisa escorre bem demais...) e Favaios. Depois há as sangrias mas isso já estamos a desvirtuar o conceito de vinho no seu estado puro uma vez que é uma mistura que altera completamente a essência do vinho.
Mas... e há sempre um mas... na passada semana, num jantar que tive a coisa mudou. Muitas pessoas sentadas à mesa, diferentes tipos de vinhos e à minha frente estava uma garrafa de Lambrusco rosé (para além de uma garrafa de água que só eu estava a beber). Eu com o meu copinho de água, toda contente e feliz até que o namorado, numa das vezes que se ia servir de vinho vira-se para mim e diz "Experimenta! Tu deste és capaz de gostar. Não sabe muito a vinho e é docinho." e eu que admiro o seu esforço em encontrar um vinho que eu diga verdadeiramente que gosto lá experimentei. Pois bem, já não posso dizer que não gosto de vinho! Aquilo, bem fresquinho, escorrega bem!...
Querido namorado, para já ainda não posso dizer que sou uma apreciadora exímia de vinhos mas se continuar a beber deste vinho depois não te queixes se daqui a uns tempos me encontrares às quatro da tarde sentada num tasco qualquer a enfardar Lambrusco e com um problema de alcoolismo. A culpa vai ser tua!
PS: Eu sei que a esta hora ainda é cedo para estar a falar de vinho,
mas antes que me afete a memória, mais vale ficar o registo...
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