Foto - Daniel Camacho Cidade de Braga |
Por mais que se repita a mesma história todos os anos, não consigo deixar de ficar agoniada e com o estômago às voltas sempre que o cenário dantesco dos incêndios se repete.
Ontem foi perto de minha casa. Ontem fiquei impedida de ir para casa à noite porque as estradas de acesso à minha casa estavam cortadas devido ao fogo. Ontem, possivelmente, senti uma milésima parta daquilo que sente alguém que vivencia o flagelo do fogo. Ontem desejei mais do que nunca pela chuva prometida mas que tardava em cair. Ontem adormeci com imagens do inferno na cabeça e acordei a meio da noite para ir ver as notícias e ver a progressão do incêndio.
Hoje, no caminho para casa, o cenário cinzento de todos os anos, o fumo a fazer pairar o horror da noite anterior e a certeza de que este cenário, infelizmente, se irá repetir mais vezes.
Tal e qual como eu. Sendo que eu fiquei encurralada em casa sem poder fugir para lado nenhum. Assim que tivemos luz do dia e vi o cenário negro que ficou à volta percebi que tinha passado por ali o "meu" fim de mundo.
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