Quando começa um novo ano civil há uma espécie de energia renovada e um acreditar que tudo será diferente para melhor. Depois do ano que terminou, todos quisemos acreditar que 2021 ia ser diferente e que nos ia trazer de volta a liberdade que nos foi roubada de forma abrupta, e as nossas rotinas. Que 2021 nos ia trazer as nossas pessoas, os abraços e a proximidade. Para muitos, essa liberdade foi existindo em dezembro e, por isso, agora vamos todos pagar por essa irresponsabilidade, falta de civismo e absoluta estupidez (e pensar que muitas dessas pessoas que acharam que em dezembro era possível fazer tudo na boa porque a COVID-19 não atacava, são as mesmas que em março e abril iam para as janelas de casa bater palmas aos enfermeiros e espalhar pelas redes sociais que "Vai tudo ficar bem").
Não quero com isto dizer que eu não estiquei a corda uma ou outra vez, que me mantive sempre fechada em casa e que me isolei totalmente do mundo. Não é isso, até porque trabalhando eu na área da saúde mental, como podem imaginar, o trabalho tem sido mais do que muito nos últimos tempos e não posso fazer tudo em teletrabalho. Também tenho ido aos supermercados fazer compras (apesar de evitar sempre os fins de semana e as horas de maior afluência). Mas pelo menos tive cuidados acrescidos em dezembro: fiz todas as minhas compras de natal através do online, as festividades foram passadas com um número reduzido de pessoas (com mais 4 pessoas ao invés das quase 20 de outros anos, respeitando assim as normas da DGS), os fins de semana são passados em casa, não há jantaradas de amigos, não houve almoços/jantares/festas de natal e mais um sem número de cuidados que todos deveríamos ter.
Em breve voltaremos a estar todos confinados, os números são assustadores e a crise que se avizinha é igualmente assustadora. Espero que este segundo isolamento seja mais do que suficiente para todos ganharem a devida consciência da gravidade da situação e não depositarem tudo na vacina...
E que efetivamente fique tudo bem porque os números estão assustadores!
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