As pessoas de quem gostamos muito e que gostam muito de nós, por vezes, sem se aperceberem, também nos magoam. E doí ser magoada por alguém que gostamos. Dói mais do que ser magoada por alguém que não nos é particularmente próximo; com esses torna-se mais fácil passar uma borracha ou simplesmente não estar mais com a pessoa. Mas com quem nós gostamos muito não é assim. O assunto anda ali em banho-maria, a medir-se as palavras para não se magoar o outro, a corroer a felicidade. Com quem gostamos mostramos o nosso lado mais frágil.
Mas a grande diferença entre as relações verdadeiras e as relações superficiais é que no final de tudo, depois de esclarecidas as ideias, a relação verdadeira sai ainda mais forte. Sai mais verdadeira. E isto sim, é a vantagem de termos a sinceridade e a frontalidade de podermos dizer tudo à outra pessoa e no final não haver mais mágoa. De se poder sorrir novamente sem nenhum peso, com a alma leve.
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