Avançar para o conteúdo principal

O problema não és "tu" sou eu...

A semana passada fui a Mondim de Basto passar a tarde. Para quem me conhece, a pergunta óbvia seria "o que foste tu fazer para um sítio tão calmo e sossegado?!". Regra geral não gosto de sítios pacatos. Sítios onde o tempo demora a passar a mim põe-me com os nervos à flor da pele. Não fui feita para ser zen, com muita pena minha.

Uma coisa é ir passar um fim-de-semana a um sítio calmo, mas saber que nas redondezas próximas há coisas para fazer, há movimento, há distração e que depois volto a casa, à agitação do costume. Ou estar num hotel no meio do nada mas com todas as comodidades e regalias e passar o dia entre o spa, a cama ou a piscina a repor energias para depois voltar à carga. Ou ir para um sítio calmo mas com um grupo de amigos, um grupo animado e cheio de energia que faz com que não hajam horas mortas ou marasmo. Isso é uma coisa, agora estar num sítio onde constantemente se ouve o silêncio a mim incomoda-me. Durante um par de horas até gosto mas depois de tudo visto vem a pergunta "e agora, o que vou fazer? O que é que há para fazer/ver mais?". Estradas vazias, ruas sem pessoas, estabelecimentos fechados... a mim deixam-me agitada. Parece um paradoxo mas é verdade. Deixam-me numa agitação interior que me leva ao nervosismo.

Depois dou por mim a pensar "e se eu morasse aqui?" e chego sempre à mesma conclusão: ou tinha nascido aí e estava habituada ou então não aguentaria muito tempo em sítios assim. Sítios que não tem cinema, shoppings cheios de lojas, hipermercados com as prateleiras cheias de diversidade, ruas cheias de pessoas, restaurantes abertos até tarde, hospitais perto, cadeias de fast-food, festas nas noites de Verão, festivais de música, estádios de futebol... não são sítios para mim. Há uma série de coisas que a mim me dizem muito, que me fazem falta.
Não estou a dizer que as cidades agitadas sejam melhores, muito pelo contrário! Há coisas que eu dispensava bem: o trânsito caótico, o estacionamento impossível, os parquímetros caríssimos, a distância entre as pessoas, a falta de civismo nas ruas, as filas nos supermercados, o não sentir o "ar puro" para respirar, a falta de tempo para estar com as pessoas e mais uma lista enorme que teria para apresentar.
Mas mesmo assim, prefiro as cidades agitadas. Não é por serem melhores, eu é que fui habituada à confusão e já não sei ser de outra forma.











Fotos tiradas por mim (telemóvel), em Mondim de Basto.

Comentários

  1. Eu percebo te, também sou assim. É impensável para mim viver num sítio desses. Sinceramente nem sei como as pessoas conseguem.
    Mas não deixa de ser bonito.
    Beijinho

    ResponderEliminar
  2. Há sítios que são muito bonitos mas não aos nossos olhos, pelo menos de forma permanente e para viver. Mas isso não significa que não sejam bonitos. Para outras pessoas...

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Pandora - como limpar

Para quem tem peças da Pandora , ou mesmo sem ser da Pandora mas sendo de prata já se foi apercebendo que com o uso as peças vão perdendo o brilho e ficando mais escuras devido a sujidade que se vai agarrando às pratas e devido também à transpiração ou ao mau uso das mesmas. É preciso termos alguns cuidados quando usamos pratas.  Em conversa com um funcionário extremamente simpático e profissional da loja Pandora no BragaParque (Braga) reuni algumas dicas para partilhar convosco e aumentar a durabilidade das vossas peças no que concerne ao brilho e à limpeza. Algumas dicas são óbvias: não borrifar perfume diretamente sobre as peças, quando se usa cremes deixar a pele absorver totalmente o creme e só depois pôr as pulseiras/anéis/colares, não tomar banho com as pratas porque os champôs/gel de banho podem ter um PH que não sendo neutro pode afetar as pratas. Outra dica é quanto à limpeza que se pode fazer em casa. Antes de correrem a mandar fazer uma limpeza das peças ou manda

Cistitone Forte BD - Queda de cabelo e perda de densidade capilar

Bem sei que não sou a única a sofrer com a queda de cabelo e perda de densidade capilar, por isso que venho partilhar algo que tem resultado comigo. Este problema costuma acontecer-me todos os anos no fim do verão/início do outono, mas regra geral acaba por ser algo ligeiro e que se resolve com o tempo, mas este ano notava maior queda de cabelo (o chão da casa de banho era prova mais do que suficiente) e a minha cabeleireira também me alertou para a perda de densidade capilar e que deveria fazer alguma coisa nesse sentido.  Em conversa com duas amigas que estavam a passar pela mesma situação (uma delas, todos os anos faz tratamento para a queda de cabelo), ambas me falaram deste produto  e que viam excelentes resultados. Decidi arriscar também e, de facto, ao fim de um mês e uma semana a fazer o tratamento também começo a ver efeitos. Noto que já me cai menos cabelo, tenho muitos cabelos bebé a nascer e sinto-o mais forte. O tratamento dura 3 meses: no primeiro mês tomei 2 cápsulas por

A dança do pinguim

Para quem tem ido a casamentos ou grandes festarolas certamente já deve ter ouvido falar da famosa dança do pinguim. Quanto a mim, ouvi falar desta dança pela primeira vez à poucos dias. E foi precisamente a noiva do casamento que vou daqui a pouco mais de um mês que me disse - "Tu vê lá se decoras os passos que isto agora é a tendência em todos os casamentos! E até pinguim vai ter, por isso prepara-te!". Eu, leiga nestes assuntos, tive de ir para a internet pesquisar o fenómeno do pinguim. E descordenada como sou não prevejo uma grande prestação para o meu lado. Os passos até são simples, eu é que sou complicada para acertar com os passos. 

Instagram

Blogs que leio