Valência e Benidorm - férias de Verão

Não, não estou já a planear as férias de Verão. Isto são consequências de estar doente e pouco poder fazer, por isso pus-me a ver fotos de férias (para ver se os dias animam) e lembrei-me que ainda não tinha mostrado aqui as imagens das últimas férias de Verão.

O destino escolhido foi Valência, a terceira cidade Espanhola com mais população e uma passagem rápida por Benidorm. Fomos em Setembro e arranjamos voos e hotel a preços muito simpáticos. Alugamos um carro (numa cor muito discreta - verde alface) e lá partimos nós à descoberta da cidade. Tivemos ainda a sorte de encontrar uma temperatura espectacular, com noites bastante quentes (o que deu para matar saudades das verdadeiras noites de Verão já que em Portugal isso não se fez sentir no último Verão).

A cidade é muito bonita; tem a parte nova, cosmopolita e a parte velha cheia de tradição e com pormenores muito bonitos. Para além disso tem o jardim de Turía, considerado o maior jardim urbano de Espanha, que dá cor e vida à cidade. Estes jardins estão sempre preenchidos de gente a fazer desporto, piqueniques ou simplesmente a passear, a ler um livro ou a descansar.

Na gastronomia espanhola destaque para os presuntos, a paella, os churros com chocolate e a horchata.Os pequenos-almoços foram todos feitos no hotel (e que deliciosos que eram, cheio de coisas boas; bolos, fruta, iogurtes, sumos, bolachas, pão, café, ovos mexidos, queijos e muito mais). Aproveitamos também para explorar alguns restaurantes da cidade. Um deles já levávamos como referência - Casa de la Pepa e os outros fomos pesquisando (o Tripadvisor deu uma valente ajuda). Comemos muito bem em todos eles. Contrariamente à nossa cultura, os espanhóis jantam mais tarde do que nós, por isso os restaurantes abrem mais tarde e o pico de enchente nos é por volta das 22 horas.

 

Outro dos símbolos da cidade, é a Cidade das Artes e das Ciências. É paragem obrigatória nesta cidade. Tem várias coisas para ver (L'Hemisfèric, El Museu de les Ciències Príncipe Felipe, L'Umbracle, L'Oceanogràfic, El Palau de les Arts Reina Sofía) por isso compensa comprar o bilhete conjunto (não visitei o Palácio das artes). Neste espaço tem vários sítios para se almoçar (embora os preços sejam ligeiramente inflacionados) mas também tem vários espaços onde se podem sentar para comer (optamos por levar umas sandes por ser mais rápido e económico).

Quanto ao bilhete, compramos diretamente lá e tivemos a sorte de haver uma campanha em vigor para estudantes o que nos saiu bastante mais barato (obrigada à senhora da bilheteira que fechou os olhos ao facto de não sermos estudantes nem sermos de Valência e nos vendeu da mesma este bilhete). Mas quando digo bastante mais barato é a volta de 30€ mais barato.

Para além da cidade das artes e das ciências, o Bioparc é outro ponto obrigatório na cidade. Um conselho muito útil (que também me deram a mim) e que vos vai permitir poupar uns trocos é comprar o bilhete no avião. Os bilhetes que se vendem nos aviões para o Bioparc são mais baratos do que se comprados diretamente na bilheteira. Por outro lado, se forem ao Domingo torna-se ainda mais barato (comprado na bilheteira fica a 23.80€, comprado no avião e para o Domingo ficou a 14€).

Quanto às praias, são praias amplas com muito areal, a água é bastante quentinha mas algumas delas são muito povoadas e um bocado sujas. As que mais gostei são as que fugiam do centro. Como tínhamos carro podemos conhecer diferentes praias.

Outra das coisas que gosto de visitar sempre que vou a alguma cidade espanhola são os mercados. Em EspanhA são vários os mercados de referência e Valência também tem o seu. Cheio de cores, cheiros e pessoas, vale muito a pena visitar. O único senão é a dificuldade para arranjar estacionamento. Por isso, se puderem vão de transportes públicos porque arranjar estacionamento é (quase) tarefa impossível (mesmo a pagar).

Quando fomos a Benidorm aproveitamos o dia quase todo no Parque Aquático. Também tínhamos comprado os bilhetes previamente mas pelo que pude ver não havia filas para comprar os bilhetes. No interior do parque há uma zona de cacifos onde podem guardar os vossos pertences, por isso, podem levar comida/bebidas para consumir lá dentro. Há muitas mesas onde podem fazer as refeições. Também há as típicas bancas de hambúrgueres, sandes, batatas fritas, gelados e afins.

As filas para as diversões não eram grandes e andavam rápido. O único senão deste parque é a falta de espaços planos para estender as toalhas. Há muitas espreguiçadeiras mas são todas a pagar. Quanto à água era salgada e em alguns sítios bastante salgada o que para olhos sensíveis não é o melhor.

O parque natural da albufera é um parque natural bastante amplo e com uma grande extensão. Acabamos por lá ir num dia de menos sol. Este parque compreende ainda algumas praias (mais recatadas e por isso melhores, no meu entender). 

Outra imagem marcante da cidade é a arte urbana. Várias são as paredes decoradas com grafites e em quase todos os recantos mais escondidos temos uma demonstração dos artistas de rua.

As portas da cidade estão situadas numa zona excelente para ir beber uns copos ao fim do dia ou ir comer um gelado. Não sei se dá para subir ao topo, mas só o estar ali sentada a degustar uma bela bebida fresca já é suficiente para apreciar este monumento.

Estivemos ainda na Marina Real Juan Carlos. Uma zona bastante gira com vários restaurantes e pequenas lojas de comércio tradicional. Mas apesar disso é uma zona bastante sossegada, com muito estacionamento e muito agradável para passear à noite.

Por muitas imagens que apresente não chegam para mostrar aquilo que a cidade é. É uma cidade muito bonita, as pessoas são muito simpáticas e o nível de vida (economicamente falando) é muito parecido ao nosso. Há vários hipermercados espalhados pela cidade (então El Corte Inglês é aos pontapés) onde podem fazer compras. 

Um outro aspecto curioso é o trânsito - caótico. Basicamente é o salve-se quem puder. Os semáforos ainda estão vermelhos e os condutores já estão a carregar no acelerador. As rotundas são outro salve-se quem puder, com muitas faixas de rodagem e semáforos. É preciso dois olhinhos bem atentos e concentração máxima. Contudo, apesar deste caos, os condutores em nada se assemelham aos portugueses:raramente se buzina a alguém, facilmente nos cedem passagem para entrar numa estrada e em sete dias só vi um único acidente.

Espero que as dicas tenham sido uma mais-valia para quem está a pensar ir a Valência em breve ou um recordar para quem já lá foi.